Doença x Saúde

"Doença é a ausência de saúde. Onde há saúde, não há doença, e vice-versa"

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

VittaCura e Laborsolo no 5. Congresso Nacional de Bioenergia - Araçatuba/SP

Hoje (07/Nov) e amanhã (08/Nov) estará acontecendo um Araçatuba/SP o 5. Congresso Nacional de Bioenergia, promovido pela Udop (União dos Produtores de Bioenergia).

A VittaCura e a Laborsolo estão presentes divulgando o Projeto APPI de gerenciamento da fertilidade do solo e da nutriçao vegetal por meio de Zonas de Manejo e Pontos Inteligentes.

Como o site encontra-se em construção, mais informações sobre o Projeto APPI podem ser obtidas no link vittacura.blogspot.com

terça-feira, 24 de abril de 2012

Fatores que afetam a produtividade

Sempre mencionamos que existem inúmeros fatores do ambiente que afetam a produtividade das culturas.

Tá, ok! Isso todo mundo sabe. Aliás, parece que quanto mais estudado é o indivíduo, mais ele vai chegando à conclusão de que tudo depende. Já dizia Sócrates, "só sei que nada sei". Brincadeiras à parte, aqui surgem as dúvidas: Mas quantos seriam esses fatores? E quais seriam?

Tisdale e Nelson, em 1985, buscaram ser mais precisos e enumeraram 52 fatores.

Certo dia, resolvemos tentar listar alguns de cabeça. E o interessante é que as ideias não se acabavam.

Após listados, elaborei o diagrama a seguir para melhor visualizar esse mundo de fatores que precisamos ter em mente quando procuramos manejar o ambiente de produção, seja na agricultura, na silvicultura ou na pecuária (pensando nas forragens).


Os itens em azul são exceções, pois são fortemente influenciados pela genética.

Quando falamos em fatores que afetam a produtividade, nunca podemos nos esquecer da clássica equação que diz:

FENÓTIPO = GENÓTIPO + AMBIENTE

Desta equação, depreendemos que nossa produtividade (fenótipo) é função tanto do genótipo quanto do ambiente, teoricamente 50% para cada. Há os que digam que o genótipo costuma não contribuir com mais do que 40% na expressão do fenótipo, sendo o ambiente responsável, então, pela maior parte (60%) do resultado.

É justamente dentro desses 50 - 60% que se encontram os tais 52 fatores ou mais que afetam a produtividade.

É por isso que pensar de maneira compartimentada no manejo do ambiente de produção é simplista demais quando se objetivam resultados consistentes. Temos que encarar isso tudo de maneira holística, sistêmica - termos que andam tão na moda.

Agora pense comigo: com tudo isso em mente... é possível assegurar produtividade quando de um manejo do solo??? De maneira alguma!!! O manejo pode ser perfeito, mas um único fator incontrolável pode colocar tudo a perder. E não podemos só por isso condenar o manejo.

Se você observou atentamente os fatores listados no diagrama, deve ter percebido que poucos são os que conseguimos controlar. Portanto, é extremamente temerário achar que uma simples adubação nitrogenada, por exemplo, pode GARANTIR ótimas produtividades. E pior ainda, garantir resultados financeiros consistentes e duradouros.

A adubação nitrogenada é sim um fator de extrema importância no manejo nutricional da maioria das culturas. Mas da palavra 'manejo' subentende-se parcimônia, critério, diagnóstico, estratégia. Ou seja, N é bom quando precisa de N. Quando não precisa, não é!

Já ouvi dizerem: "Ahh, mas sempre precisa!"... Claro que precisa! Afinal N é nutriente essencial. E até segunda ordem, se um nutriente é essencial, é porque ele não pode faltar. Entretanto a questão aqui é: Será que já não tem o suficiente? E já adianto a resposta: muitas vezes tem o suficiente sim! Ou ainda, naquele momento, por exemplo, a limitação poderia ser de Cu, sendo este elemento a menor ripa do barril (Lei de Liebig ou Lei do Mínimo), e não o N.



A única forma de sabermos disso é medindo. E, como a dinâmica do N no solo é complexa a ponto de não valer a pena investigar, a melhor forma de medir isso é no próprio tecido vegetal, através da análise foliar, que interpretada com o uso dos níveis de suficiência e do M-DRIS, fornecem um diagnóstico precoce bastante útil para tomarmos a decisão de intervir ou não. Costumamos comparar a análise de solo a uma avaliação da sua geladeira, do que você tem disponível para se alimentar. Já a análise foliar seria uma análise do seu sangue, dizendo de fato como está seu estado nutricional e de saúde.

Uma atividade que se diz ser do ramo da engenharia não pode se basear em crença. Não podemos transformar técnicas em religião! Precisamos de números, dados, informações, estatísticas. Afinal, tudo que se pode medir, pode-se melhorar.

Para exemplificar, já ouvi muitos fanáticos do plantio direto dizerem que não podem revolver o solo nem sequer superficialmente e numa ocasião impar, porque vão estragar a maravilhosa estrutura formada pelos seus 20 anos de plantio direto. Típico caso em que a técnica virou religião, pois muito provavelmente esse camarada não faz a menor a ideia do que seja estrutura. Se perguntar a ele "O que você entende por estrutura? Defina estrutura.", provavelmente titubeará. E pior, ele nunca mediu essa estrutura pra ver se de fato está a contento. Ele tem fé que a estrutura está boa, assim como crê em Deus. E aí quando um revolvimento é necessário para resolver um problema, diz que não vai fazer. Situação análoga seria um médico dizendo que precisa abrir a barriga do paciente e operá-lo para retirar um tumor, e o paciente diz: "Não! Mas faz 20 anos que minha barriga está aqui sem ninguém abrir. Não é agora que vou estragar a estrutura interna dos meus órgãos com essa operação!". O médico diria: "Então morra".

Assim, a mensagem que gostaria de deixar neste post é que a missão do Engenheiro Agrônomo, Zootecnista ou Engenheiro Florestal é, dentre os fatores que podem ser manejados, deve-se buscar eliminar, ou ao menos minimizar, as limitações existentes à obtenção de boas margens líquidas. Mas antes de mais nada, precisa-se saber com assertividade quais são as limitações, que aliás se alteram a cada minuto.

Precisamos trazer para a agricultura, pecuária e silvicultura o que em outras áreas já é muito corriqueiro: o DIAGNÓSTICO.

Quantas vezes não marcamos uma consulta com um médico, aguardamos na sala de espera e, quando sentamos diante do doutor e relatamos os sintomas, ele pede uma bateria de exames antes de dar qualquer diagnóstico. Extremamente comum!

Talvez seja por isso que, como mencionou o Dr. Cesar de Castro, da Embrapa Soja em um Simpósio em Maringá-PR recentemente, os médicos sejam chamados de doutores mesmo sem possuírem doutorado, e os agrônomos, zootecnistas e florestais não!  #ficadica

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Agora é a hora de ver quem tem raiz

Os meteorologistas já previam: chuvas abaixo da média no sul do Brasil devido à intensificação do fenômeno que resfria as águas do Pacífico Equatorial próximas à América do Sul, mais conhecido como La Niña.

Só não se previa que as chuvas abaixo da média atingiriam toda a região sul, sendo que no início falava-se apenas do sul do RS.

Seja como for, o fato é que está faltando água! Do RS até o PR e centro-sul do MS.

A produtividade é resultado da interação de aprox. 52 fatores, sendo que pluviosidade é apenas 1 deles. E o pior: incontrolável pelo homem. Exceto, é claro, no caso de agricultura irrigada, que não é a realidade da maioria das áreas produtoras de grãos no sul do Brasil e no MT, regiões que englobam a maior parte da área produtiva atual.

Dentre esses 52 fatores, a fertilidade do solo e a nutrição das plantas são um dos poucos que conseguimos controlar, através de correções, adubações, suplementações, pulverizações, análises, monitoramentos, mapeamentos, sistemas de amostragem etc. Enfim, existe uma vasta gama de técnicas e práticas disponíveis para se otimizar cada vez mais a utilização de insumos com vistas a nutrir as culturas da melhor maneira possível, para que se possam obter não apenas altas produtividades, mas também excelentes resultados financeiros, o que, como se sabe, nem sempre se alcança com a máxima produtividade.

Aliás, falar em produtividade é, de certa forma, temerário, pois vimos há pouco que essa palavra é formada pela interação de uma série de fatores, dos quais poucos conseguimos controlar.

A agricultura é uma atividade de risco e deve ser encarada como tal, ou seja, sempre com probabilidades e nunca com certezas. O manejo de risco é imprescindível nessa atividade, da mesma forma ou até mais do que no mercado de capitais, onde essa prática é altamente difundida e aceita pelos traders e investidores em qualquer parte do mundo.

Pois bem, na agricultura não deve ser diferente. Quando falamos em clima, estamos tratando de um fator de extrema variabilidade no tempo e no espaço. Por mais que a meteorologia, ou a agrometerologia, seja desenvolvida, utilizando tecnologia de ponta, com bancos de dados de centenas de anos, contando com profissionais altamente qualificados e instituições que empregam uma quantia imensa de capital para estudar, entender, interpretar e “modelar” o clima, ainda assim estamos sujeitos a erros e o que é pior, podemos até identificar os fenômenos, mas não podemos impedi-los ou promovê-los.

Portanto, mais uma vez, caímos no manejo de risco. Precisamos preparar nossas culturas para condições adversas! Que, diga-se de passagem, são muito mais comuns do que as favoráveis. Qualquer um sabe disso.

Percebam que, em anos em que as chuvas ocorrem regularmente e em intensidade adequada, até o pior produtor colhe bem. Claro! O sistema fica sob fornecimento “hidropônico” de água. Nesse caso, é só ter nutrientes à disposição e grande parte do trabalho está feita.

Sabemos que Fenótipo = Genótipo + Ambiente. O fenótipo, em nosso caso, é a produtividade, o resultado da equação. O genótipo conta com 50% de influência no fenótipo. Seu manejo é resumido na escolha de materiais genéticos adequados e de alto potencial produtivo. Os outros 50% são fornecidos pelo ambiente, que, como vimos, é afetado por 52 fatores. Dentro do ambiente de produção, excetuando-se a irrigação, o manejo do solo e da nutrição vegetal é um dos mais efetivos meios de se promover um melhor resultado para essa equação.

E é justamente em tempos de La Niña que se despontam os bons produtores. Aqueles que encaram a atividade rural como uma empresa, e tratam seu solo e suas culturas como se fossem o seu parque industrial, que no fundo não deixam de ser.

Esse sucesso não vem do nada. São anos de trabalho com amostragem de solo representativa, análise de solo confiável, método de interpretação coerente, monitoramento da nutrição através de análises foliares periódicas, intervenções com critério e jamais totalmente baseadas no empirismo, e assim por diante.

A irregularidade das chuvas e os freqüentes veranicos são fatais para áreas em que o sistema radicular está confinado nos primeiros centímetros do solo. Isso tem como principais causas:

a) presença de alumínio tóxico abaixo de 10 ou 20 cm;

b) camada compactada no horizonte superficial (até 20 cm), seja pela negligência do manejo de tráfego de máquinas ou pela erosão vertical decorrente da dispersão da argila superficial;

c) concentração da fertilidade nos primeiros 10 cm de profundidade, muito comum em áreas de plantio direto. O fósforo e o nitrogênio, por exemplo, são os nutrientes que mais afetam morfologia de raiz, fazendo com que ela se concentre onde existe alta concentração de qualquer um desses.

O segredo para a resistência à seca todo mundo sabe: aprofundamento do sistema radicular! Claro, palha ajuda? Obviamente que sim. A palha mantém uma estabilidade térmica e reduz a evaporação. Entretanto, palha em excesso também pode ser prejudicial, em função do aporte excessivo de íons K+ na solução após as primeiras chuvas, favorecendo a dispersão da argila e com ela uma série malefícios. É como dizem: até água em excesso faz mal!


Mas não é só isso! A seca não está em função pura e simplesmente da escassez de chuvas. O equilíbrio nutricional conta muito para superar estresses hídricos, pois plantas nutricionalmente equilibradas demandam menos água por kg de matéria seca produzida, bem como por kg de grão produzido. Em outras palavras, a eficiência metabólica de uso da água é maior em plantas de nutrição balanceada, de modo que uma lavoura bem conduzida em termos de fertilidade e nutrição, além de suportar déficits hídricos muito mais intensos, tem potencial de produção muito maior que uma lavoura mal conduzida. 

O que pode colocar essa tese por água abaixo é, aliada à escassez hídrica, a ocorrência de temperaturas excessivamente elevadas (acima de 40°C), levando enzimas a se desnaturarem, a fotossíntese líquida a ser reduzida – devido ao aumento da respiração –, os estômatos a se fecharem e o metabolismo a praticamente cessar. Entretanto, ainda assim, plantas bem nutridas podem suportar melhor, uma vez que absorvem ou dissipam o calor mais eficientemente, com mesófilos mais espessos, cutículas mais espessas, velocidade de abertura e fechamento de estômatos maiores, maior quantidade de carotenos etc.

É por isso que digo que o La Niña é excelente para identificar os bons empresários rurais, aqueles que promovem o aprofundamento radicular de suas lavouras e praticam uma nutrição com critério, sem tratar o solo e as plantas como corpos inertes e desprovidos de dinâmica; aqueles que procuram investir mais no que é barato (diagnose e monitoramento) para tentar racionalizar e, principalmente, otimizar o que é caro (insumos).

Quem não gostaria de suspender uma cobertura com KCl com base numa análise foliar apresentando bons teores de K na planta e equilíbrio nutricional pelo Índice de Balanço Nutricional (IBN) do DRIS, e ainda correlacionando com boa saturação de K na CTC do solo? Ou aplicar, no momento correto, um nutriente que esteja em deficiência? A economia, no primeiro caso, e a otimização no segundo, certamente pagariam as análises e ainda sobraria. No primeiro caso se evitaria prejudicar a cultura, possivelmente causando um excesso de K na planta e prejudicando a absorção de Mg e até mesmo Ca.

Temos que ter em mente que os nutrientes possuem uma interação muito estreita entre si, sendo que o excesso de um fatalmente leva à carência de outro, e vice-versa. E o que conta para a produtividade, em grande parte, é o balanço entre eles, o equilíbrio, pois em Biologia não existe meia dose ou dose cheia. Existe, sim, a dose certa, no momento certo, com o produto certo no local correto (Manejo 4C)!

Temos sempre que lembrar que o lucro é o resultado da receita menos o custo (L = R – C). Portanto, a receita para aumentar os lucros é: elevar a relação Receita/Custo. E isso se pode fazer, grosso modo, de duas formas: aumentando a receita e mantendo os custos; ou mantendo a receita e reduzindo os custos.

Bom, o La Niña está aí e a conclusão é: Quem tem raiz, se sairá bem. Quem não tem... bem... tomara que chova.

Saudações a todos e até o próximo post.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Análise foliar: um aliado indispensável

Você alguma vez já fez ou recomendou uma análise foliar?
Se já, conseguiu interpretar adequadamente?
Deu resultado?
Voltou a fazer?
A Diagnose Foliar é uma rotina no seu sistema de administração da empresa rural?

Essas perguntas são a razão pela qual consultores, agricultores e pecuaristas, muitas vezes, não utilizam essa ferramenta fantástica que é a análise de tecido vegetal, mais conhecida como análise foliar.

Seja por dificuldade de interpretar, seja por ter tido alguma experiência frustrante pelo uso inadequado, ou simplesmente por não conhecer a ferramenta, o estado nutricional das lavouras geralmente não é monitorado adequadamente, principalmente em se tratando de culturas anuais, e o manejo da fertilidade do solo e da nutrição das plantas acaba caindo nas garras do empirismo.

Ora, na medicina não se fornece diagnóstico algum sem antes o médico solicitar uma série de exames ao paciente. Na agricultura não deveria ser diferente! A planta é um ser vivo da mesma forma, e pior: não fala!

Pensando em solo, a principal função dos extratores químicos utilizados pelos laboratórios é simular as plantas e revelar qual a concentração dos nutrientes que se encontra biodisponível, ou seja, passível de absorção. Com base nisso, é praxe que se calcule as correções e adubações. São freqüentes também os questionamentos quanto à efetividade dos extratores em revelar a real condição da disponibilidade dos nutrientes no solo.

Agora pense comigo: se a função dos extratores químicos é simular o poder de absorção das plantas, não seria a própria planta o melhor “extrator químico” do mundo?

Pois é isso mesmo! Elas são o melhor extrator químico do mundo! Na análise foliar não existe simulação de absorção; o que ela revelar, é o que está dentro da planta e pronto! Daí pra frente é só uma questão de interpretar.

Para a interpretação, existem alguns métodos, porém acredito que 2 deles, utilizados de maneira conjunta, podem resolver muitos problemas e responder muitas dúvidas acerca da nutrição das culturas. São eles a Faixa de Suficiência e o DRIS.

A Faixa de Suficiência é a forma tradicional de interpretar uma análise foliar, cujos valores ótimos de cada nutriente para uma grande diversidade de culturas o pai da nutrição de plantas no Brasil – Prof. Dr. Eurípedes Malavolta – se encarregou de estabelecer. Esses valores nada mais são do que as concentrações ótimas de cada nutriente no tecido analisado, sendo os macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg e S) expressos em g/kg, e os micronutrientes (B, Cu, Fe, Mn e Zn) expressos em mg/kg. É justamente nesse quesito que esse método encontra sua limitação: as concentrações dos nutrientes variam conforme a idade das plantas. E mais: variam com a quantidade de matéria seca, originando o que classicamente se conhece por Efeito de Diluição.

E é justamente aqui que entra uma grande vantagem do DRIS.

O DRIS, cuja sigla vem do inglês Diagnosis and Recommendation Integrated System, ou Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação, é um método matemático desenvolvido em 1973 por Beaufils, e modificado por alguns pesquisadores, como Jones, em 1981, e Hallmark um pouco mais tarde.

Essa ferramenta, ao invés de considerar os teores dos nutrientes isoladamente, considera a relação entre eles dois a dois. Ou seja, estamos falando aqui de equilíbrio nutricional, ou balanço nutricional.

Lembrando do Barril de Liebig – ou Lei do Mínimo –, os teores dos nutrientes apresentados numa análise foliar não nos permitem afirmar com clareza qual é o elemento limitante naquele momento. Sabemos apenas quais estão abaixo do ideal, acima do ideal ou dentro da faixa ideal. Isso, entretanto, é possível pelo uso do DRIS. Com esse método, cada nutriente adquire um índice, o chamado Índice DRIS do nutriente X. Esse índice vai indicar o desvio do teor desse nutriente em relação aos outros e em relação a um banco de dados de altas produtividades.

Como o DRIS considera o balanço entre os nutrientes, sua interpretação não é influenciada pela idade das plantas, pois a relação entre os nutrientes praticamente não muda durante o ciclo das culturas. Isso não significa que seja simples, pois equilíbrio por si só é um fenômeno complexo. Pense por exemplo se uma análise foliar mostra um Índice DRIS de Zn muito baixo, ao mesmo tempo que um Índice DRIS de P muito alto. É o excesso de P que está causando o desequilíbrio de Zn ou a carência de Zn que está levando a uma absorção excessiva de P?

Além disso, o DRIS fornece o Índice de Matéria Seca (IMS), que possibilita avaliar se os nutrientes estão mais concentrados ou mais diluídos do que deveriam, eventualmente indicando, inclusive, se o problema não for de ordem nutricional.

Pensando nisso, quais seriam as épocas recomendadas para se fazer a diagnose foliar?

De maneira geral, é indicado fazer o máximo de amostragens possível, pois o monitoramento é atividade de suma importância quando se almejam resultados rápidos e consistentes.

Em culturas anuais, normalmente é possível fazer de 2 a 3 amostragens, começando aos 25-30 dias após o plantio e amostrando com um intervalo de tempo de 7-11 dias entre uma amostragem e outra, exceto quando de alguma suplementação foliar, em cujo caso o tempo deve ser contabilizado a partir do dia da aplicação e pode ser mais extenso por ventura da aplicação de nutrientes de absorção mais lenta, como o Fe, por exemplo.

Em culturas perenes, indica-se realizar 1 amostragem por mês, no período de maior atividade metabólica, que seria a primavera e o verão, ou seja, épocas quentes e sem déficit hídrico. Ressalva pode ser feita para os casos em que o cultivo é irrigado ou a região não possui déficit hídrico nem estação fria, nos quais se pode realizar amostragem foliar em qualquer época do ano.

Isso significa que estamos em plena época de amostragem! Você já fez a sua? Não perca tempo, examine sua lavoura e veja do que ela está com fome! Em muitos casos conseguimos até abrir mão da adubação de cobertura.

Uma palestra online sobre ANÁLISE FOLIAR está disponível no site da Laborsolo Laboratórios, através do link http://www.laborsolo.com.br/assistirvideos.asp?id=2 .

Procedimentos para amostragem foliar de diversas culturas estão disponíveis no link http://www.laborsolo.com.br/artigos.asp?id=178 .

A VittaCura – Saúde Vegetal, uma empresa do Grupo Laborsolo, possui a Diagnose Foliar como rotina nas suas consultorias e nos seu inovador programa de Agricultura de Precisão por Ponto Inteligente (APPI). Maiores informações no blog http://vittacura.blogspot.com .

quinta-feira, 31 de março de 2011

Lançamento do VIRTUAGRO - Prefácio

Enfim criei um blog!

De vez em quando me vem uma vontade louca de escrever sobre algum assunto. É aí que paro e penso: "vou criar um blog!"

Em seguida reflito: "Tá, mas e depois? Não vou ter mais nada pra escrever... O blog certamente vai ficar jogado às traças! Quem ficaria acessando periodicamente um blog que possui raras atualizações?"

Foi assim que, por tempos, não tomei a iniciativa de criar um blog.

Pois é, os tempos mudaram. E agora, com o advento do nosso querido e viciante twitter, esse problema deixou de existir. Basta postar um link - aliás até pra isso já criaram uma alternativa pra não tomar muitos dos 140 caracteres - e as pessoas acessam o blog com mais facilidade e interesse.

Por sinal, na minha opinião, essa é uma das maiores utilidades do twitter que vi até hoje: um instrumento fantástico de publicação de manchetes. Uma ferramenta ideal para os tempos modernos de fluxo absurdamente veloz de informações. Ou seja, você bate o olho no assunto e o link está lá. Se te interessar, você acessa; caso contrário, passa para o próximo.

Além do twitter, existem, ainda, outras redes sociais e os leitores de feed, que são, da mesma forma, na minha opinião, uma mão-na-roda no quesito praticidade na distribuição de informações.

É nesse espírito que, com esta postagem, dou início às atividades do VIRTUAGRO, um blog que não tem a intenção de receber visitas espontâneas, mas que tem como compromisso buscar os internautas em redes paralelas, como, principalmente, o twitter. Um blog que também não tem a pretensão de publicar postagens de forma compulsiva. É justamente por isso que, a priori, não se trata de um blog amigável a visitações frequentes e espontâneas.

Portanto, se você se interessa pelos assuntos do VIRTUAGRO, não deixe de me seguir no twitter, sob a identificação de @cfioretto, pois, como já disse, você será avisado das atualizações de nosso blog e poderá acessar o link para ler e comentar, caso o mesmo seja de seu interesse.

Os principais assuntos que pretendo abordar aqui são referentes a: agricultura, pecuária, silvicultura, integração lavoura-pecuária-floresta, agroindústria, mercado financeiro e curiosidades.

Espero que as postagens sejam úteis a vocês leitores e que possamos trocar informações e experiências continuamente, pois acredito ser essa uma das melhores formas de um ser humano agregar cada vez mais conhecimento e fazer boas amizades.

Um abraço a todos.

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Finally I created a blog!

Sometimes a crazy wish to write about something comes into me. Then I stop and think: “I´m gonna create a blog!“

But then I think: “Ok, but what about after that? I´m gonna have nothing else to write... The blog will certainly lay among spider webs! Who the heck would keep visiting periodically a blog which is rarely updated?”

That´s the main reason that, for times, kept me away of this world.

But times have changed. Now that we can count with our addictive twitter, this problem doesn´t exist anymore. It´s just about posting a link – by the way people have already created good alternatives for the link not to use many of those 140 characters – and the people can access the blog in an easiest way and more focused on what you´ve written.

By the way, in my opinion, this is one of the best utilities of twitter that I could see until today: a phantastic instrument to publish headlines. The ideal tool for the modern times of amazing rapid information flux. In other words, you have a glance at the subject and the link is right there. If it interests you, you click; otherwise, you skip to the next tweet.

Besides twitter, there are also another social networks and the feed readers as well, which, in my opinion, are very useful in terms of ease in the information distribution.

It´s under this mood and scenario that I, through this post, turn on the lights and give life to the VIRTUAGRO, a blog which has no intention to receive spontanous visits, but has, on the other hand, the commitment to fetch the internet users in parallel networks, such as twitter. A blog which also has no intention to publish compusively. That´s why we´re not talking about an often-and-spontanous-visiting worth blog.

Therefore, if you have interest on the issues published by VIRTUAGRO, do not hesitate to follow me on twitter, under the ID @cfioretto, because, as I said, you´ll be notified about our blog´s updates and will be able to access the link to read and comment.

The main issues that I intend to write about are related to: agriculture, livestock, forestry, agroforestry systems, agroindustry, financial markets and curiosities.

I hope the next posts are useful for you and that we can exchange information and experiences continually, because I believe this is one of the best ways for a human being to fill more and more his knowledge box and make good friends.

Wish you all the best.
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Endlich habe ich ein Blog gegründet.

Ab und zu fällt mir einen riesigen Wunsch ein, über etwas zu schreiben. Dann höre ich auf und denke: „Ich werde mal ein Blog gründen!“.

Aber dann denke ich weiter nach: „Tja, und danach? Werde nichts mehr haben zu schreiben... Das Blog wird sicherlich verlassen bleiben! Wer würde ein Blog oft besuchen, das so selten aktualisiert wird?“

Das ist warum ich, seit langem, die Initiative nicht hatte, ein Blog zu gestalten.

Aber die Zeit vergeht. Jetzt, dass wir mit unserem süchtigem Twitter rechnen können, besteht da kein Problem mehr. Man schreibt halt ein Link – übrigens man hat schon gute Alternative dazu geschaffen, um nicht vielen von den 140 Charaktern zu benutzen – und die Leute können das Blog leichter erreichen und den Inhalt mit stärkerem Fokus durchlesen.

Übrigens, meiner Meinung nach, handelt das sich um eine der besten Nützlichkeiten des Twitters, die ich bisher sehen konnte: ein phantastisches Instrument, um Schlagzeilen zu veröffentlichen. Das ideale Werkzeug für die heutigen Zeiten von erstaunlichem schnellen Informationsfluss. In anderen Worten, man leistet einen kurzen Blick aufs Thema und das Link steht genau da zur Verfügung. Wenn es sich interessiert, klickt man sofort; sonst springt man einfach zum nächsten Tweet.

Außer Twitter, gibt es auch noch andere sozialen Netzwerke und doch die Feedleser, die, meiner Meinung nach, sehr nützlich in Bezug auf die Leichtigkeit bei der Informationsverteilung sind.

Es ist unter dieser Stimmung, dass ich, durch diese Veröffentlichung, das Licht anschalte und dem VIRTUAGRO zur Welt bringen, ein Blog, das keine Absicht hat, spontane Besuche zu bekommen, aber hat andererseits die Verpflichtung, Internetbenutzter in parallelen Netzwerken zu holen, wie z.B. Twitter. Ein Blog, das auch keine Absicht hat, zwangsweise zu veröffentlichen.

Das ist weil dieses Blog manchmal nicht so oft-und-spontan-besuchswert sein kann.

Deshalb, wenn Sie sich für die Themen des VIRTUAGRO interessieren, folgen Sie mich beim Twitter, unter der Kennzeichnung @cfioretto, weil, wie gesagt, Sie werden über die Blogs Aktulisierungen gezielt informiert und können das Link aufrufen, um durchzulesen und sich zu äußern.

Die Hauptthemen, die ich hier einzugehen vorhabe, sind in Bezug auf: Landwirtschaft, Viehhaltung, Forstwirtschaft, Agroforstwirtschaft, Finanzmärkte und Neugierdes.

Ich hoffe, dass die nächsten Veröffentlichungen Ihnen nützlich sein können und dass wir stetig Informationen und Erfahrungen austauschen können, weil ich glaube, das ist eine der besten Art und Weisen damit ein Mensch immer mehr seine Wissentasche füllen und gute Freunde machen kann.

Wünsch‘ Ihnen alles Gute.